sábado, 31 de maio de 2008

Ahh o final da novela...


Embora eu não tenha assistido um capítulo sequer da novela "Duas caras" que não é mexicana mas é tão chata quanto [rsrs], fui lembrada por uma das minhas amigas "maras" que hoje seria o último capítulo e, é claro, que como uma protagonista mexicana que sou, não poderia deixar de assistir. Para não fugir a tradição, o capítulo começou com uma perseguição policial à vilã Silvia, interpretada belíssimamente pela Aline Morais, que tinha sequestrado o filho do casal protagonista. Consegue fugir e é salva por um príncipe lindo e rico, que a leva para França juntamente com o seu amante João Batista. Mas peraí... isso parece até final de mocinha... na França com dois bonitões?! rsrs.. Ah não... mocinhas ficam com um só.... vilãs é que ficam com dois [aff... vida injusta... rsrs].

Já que pelo visto a novela não fez muito sucesso e por isso o orçamento tava curto, resolveram fazer todos os casamentos numa única cena, com o maior índice de miscigenação da televisão brasileira [o que achei ótimo, pois é mais fidedígno a nossa realidade]. O chato é q assim nem deu pra ver direito os vestidos de noiva e todos os buquês pareciam de plástico. Embora triste mesmo, tenha sido o fato do Juvenal Antena não ter ficado com a moça do cano [que aliás estava com um vestido lindo na cena final], "poxa que preconceito bobo juvenal"rs, só porque a moça é dançarina e posou nua o sr. não quis carsar-se com ela?! rs. Mas a moça acabou se dando bem e foi pra Espanha fazer o que muitas brasileiras fazem, exportação sexual pra Europa [aff]. Agora cena boa mesmo foi a da Suzana Vieira - vassoura de piaçava loira [rsrs.. mt bom!] e Renata Sorrá [com um cabelo realmente bonito por sinal], duas sumidades novelísticas, se batendo, ou melhor, se arranhando e puxando cabelo.... rsrsrs.. e depois rindo horrores por perceberem que a rivalidade que perdurou toda a novela era devido ao garanhão que enganava as duas, mas que já estava morto e enterrado [ahhh mulheres, brigam por cada coisa!!].

Mas houve uma sequência de cenas que me chocaram muito neste final. Após uma bonita cena de umbanda que de fundo tocava Maria Bethânia, uma cena feita com muito respeito pela relgião e tudo mais, aparece uma cristã esteriotipada em sua saia comprida e blusa fechada, clamando pelo Senhor Jesus por medo de um tal "Sufocador" - seja lá o que isso tenha representado na novela, a cena foi de extremo desrespeito, banalizando a crença daquela mulher e até mesmo dando a entender que Deus não a protegeria, já que ela chega a ser atacada pelo tal "sufocador". Que importância afinal teve esta cena na trama da novela?! Pra mim foi incluída apenas para chacotear pessoas que levam a sério o verdadeiro Deus [AFF]. Não tenho idéia de como foi a representação da classe evangélica nessa novela, nem sei se teve de fato, mas pela última cena me pareceu algo totalmente fora da realidade. Pra variar a globo segue tendo o espiritismo como religião oficial deste país [mt triste isso].

E a dúvida cruel de que se Maria Paula aceitaria ou não Ferrácio de volta confundiu a cabeça da mulherada já que a mocinha não estava lá quando o mocinho saía da cadeia, e pra completar, por 2 minutos ele acredita que sua amada se vingou fugindo com todo o seu dinheiro. Claro que a mulher tem q se vingar um pouquinho oras, nem que seja por alguns minutos [lembram da minha tese neh?! rs]. Mas para nos deixar com um sorriso no rosto neste frio e solitário sábado a noite, os protagonistas com uma belíssima trilha sonora lascam aquele beijo "afobado" [com boca muito ou pouco aberta... whatever] mas cheio de sentimento, que pelo menos naquela cena os dois entendiam muito bem o significado.



segunda-feira, 26 de maio de 2008

Santa Chuva


Certas músicas marcam a nossa vida não por causa de uma paixão ou por causa de uma viagem ou um momento específico. Muitas vezes elas nos marcam por perpassarem vários momentos de nossa vida. Assim acontece com a música "Santa Chuva" Na minha vida. Ela é uma composição do Marcelo Camelo e interpretada pela maravilhosa Maria Rita [uma das cantoras mais completas do nosso tempo - na minha opinião] em seu primeiro cd.
Um dos momentos especiais que agora me recordo é de estar em Santiago do Chile com meu irmão e minha cunhada [há 4 anos atrás] viajando de carro para uma cidade próxima, que se não me engano era Viña Del Mar, quando apresentei a eles o cd da Maria Rita e em especial essa música, que desde a primeira vez que ouvi havia me impressionado profundamente por toda sua carga dramática tanto melódica quanto com relação a letra. Meu irmão então, ouvindo com atenção, percebeu que nela havia dois eu-líricos - um homem e uma mulher. Então fomos a viagem toda conversamos sobre a estória da música e ouvindo-a incessantemente.
Mesmo voltando para o Brasil um mês depois e de ter conhecido outros estilos por lá, não abandonei a "Santa Chuva" e continuei espalhando para os meus amigos. Fiz um deles aprender a tocar no piano [grande Joel] e outro a cantar comigo numa verdadeira cena dramática [só o Daniel mesmo!rs]. Lembro-me de nós 3 numa noite, no meio da semana, na sala da UMP, lá na Igreja interpretando tal música [nossa... qts advérbios..rs]. E a mais engraçada das cenas foi cantá-la em plena Vila Isabel numa noite de chuva com uma grande amiga, para quem quisesse ouvir [rsrsrs - tá, as duas jah tinham tomado uns "ices" rs]. Além, é claro, de ter muitas vezes cantado em silêncio para quem realmente merecia ouvi-la.
So, let's go to the music.

(ele)
Vai chover de novo
Deu na TV
Que o povo já se cansou
De tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui
Que reza a ajuda de Deus
Mas nada pode fazer
Se a chuva quer é trazer você pra mim
Vem cá, que tá me dando uma vontade de chorar
Não faz assim
Não vá pra lá
Meu coração vai se entregar
À tempestade...

(ela)
Quem é você pra me chamar aqui
Se nada aconteceu?Me diz?
Foi só amor?
Ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem...
A chuva já passou por aqui
Eu mesma que cuidei de secar
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha TV
Que eu vou de vez
Não há porque chorar
Por um amor que já morreu
Deixa pra lá
Eu vou, adeus
Meu coração já se cansou de falsidade...


É a velha estorinha do cara q larga a mulher por outra, se dá mal, vem chorando pedindo pra voltar e a mulher mandando o cara se danar... rs Mas pra entender o nível de dramaticidade da música é preciso ouvi-la com tds os seus metais e a belíssima interpretação da Maria Rita. E com ela sigo confirmando a minha tese de que as mulheres sempre dão um tom vingativo ao término de um relacionamento amoroso enquanto os homens dão um tom desesperado de morte. C'est la vie!

Just for the girls

Ai as mulheres me decepcionam tanto!! As vezes me dá até vergonha de ser mulher! AFF!! Conversei com uma amiga hoje que me contou que passou o dia nervosa, que mal dormiu a noite só porque o namorado não foi carinhoso ao telefone com ela na noite anterior. Alooouu?! E precisa passar mal por causa disso?! E me contou de uns pesadelos que tinha tido, que o namorado a trocava por outra... enfim... coisas neuróticas e sem motivo. Outra amiga hoje também me contou que se o namorado chega e não a beija, ela fica loucaaa!!! E o mais engraçado é que elas nunca expoem os sentimentos pros seus respectivos. Ficam bancando uma de resolvida, tranquila, compreensiva e no fundo estão morrendo por dentro. Acho q eh por isso que quando o amor acaba elas ficam vingativas, afinal elas já sofreram tanto que tem mais é que mandar o cara pro inferno quando ele a abandona! O homem não, ele só sofre no fim. Quando sofre! Ele nunca fica preocupado se a mulher vai ligar no dia seguinte, nunca estranha se a mulher não é doce ao telefone, se não o beijou assim que ele chegou... acho que no fundo o homem nunca enxerga nada ao redor!
Já contei aqui que estou lendo "O nascimento da tragédia" do Nietzsche - mas até agora não li nada de que tenha sido a mulher a grande parideira da tragédia. Porque cá entre nós, esse tipo humano é o mais dramático, no sentido trágico da palavra [rsrs]. Num relacionamento sofre do início ao fim. São todas umas masoquistas! Sempre inseguras, preocupadas onde eles estão, querendo saber quem eh a mulézinha do scrap no orkut, fuxicando até a alma do cara e de todas que escrevem recadinhos suspeitos - tipo: "já te add. bjus" rsrsrs Ok, sei que umas agem em graus maiores e outras menores. Umas realmente enlouquecem num relacionamento, outras disfarçam super bem. Além disso tem eu, que não sofre nada, que é super equilibrada e entende exatamente como os homens são. Um ser evoluído, eu diria. Quem me conhece sabe ;) [rsrs]

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ai ai...

Ai ai... as interjeições tem tido grande relevância no meu vocabulário atualmente. Estou cheia delas... aff. E por conta delas tenho deixado esse espaço aqui um pouco de lado, meio às moscas. Mas tanta coisa tem acontecido, tanta coisa surpreendente e tanta coisa burocrática, como provas e seminários que se aproximam. Só que tem horas que cansa ficar só lendo... aí só parar um pouquinho pra escrever pode acalmar [e escrever sem compromisso com a própria língua utilizada]. Por isso larguei as leis de lado e vim aqui colocar umas idéias no lugar. Hoje não quero falar sobre nada específico, até porque são muitos os assuntos que permeiam dois potentes músculos involuntários dessa singela obra divina que vos fala [não que Deus faça algo singelo, mas dizer grandiosa seria demais pra minha modéstia... rs].

Na verdade este espaço nem foi tão esquecido assim, no fundo tenho tentado me preparar para falar de assuntos que muito nos interessam, mas ainda não me senti preparada o suficiente para dizê-los. O primeiro deles foi a questão dos eu-líricos musicais femininos e masculinos, e suas diferenças na dramaticidade do tema musical. Por isso estou lendo "O Nascimento da Tragédia na arte da música" do meu alemão preferido, Friedrich Nietzsche. Mas essa leitura ainda vai render... nem sei se conseguirei absorver dele tudo que preciso para discorrer sobre o assunto... mas enfim, preciso antes terminar de ler.

Depois vi o filme francês "Eterno amor" com a eterna Amelie - Audrey Tautou. E se você não gosta de saber o final do filme antes de assisti-lo é melhor pular este parágrafo, porque é inevitável falar. O filme é um tanto longo demais... na verdade ele só tem 2 horas e pouco, mas é tão cansativo que tive que ver em 3 momentos, porque sempre caía no sono. Embora tenha um título arrebatador aos fãs dos romances, cena romântica que é bom não tem quase nenhuma. As que apareciam tinham um forte tom cômico, até porque uma menina manca com um garoto que até mané tinha no nome [maneco, era seu nome... rs.. ê piadinha ruim!!], não tem como não ser engraçado. Mas o que temos que nos ater é que o coração dela nunca se enganou, sabia que seu grande amor tinha sobrevivido à guerra e que fazia de tudo para voltar pros seus braços. [Então quando o amor for verdadeiro você saberá que seu coração ainda bate... noossa! rs] E de fato ele estava, embora lhe faltasse algo um tanto essencial, a memória. Depois de longas 2hs de filme Mathilde reencontra seu Maneco, que já não faz a menor idéia de quem ela seja. E assim acaba o filme, sem o beijo arrebatador, sem a cena de casamento e de todos felizes. Não que isso seja uma coisa ruim, adoro filmes que não terminam exatamente felizes no final, até porque embora já seja comum nunca é o que esperamos, e o inesperado é sempre mais interessante. Mas desculpem, mesmo com todo o francês que me é encantador, não consegui gostar do filme... regretable. O que não quer dizer que você aí não vá gostar.

Com isso, ao som de Simply Red eu me despeço dos amigos com uma última informação: vi hoje pela primeira vez um capítulo do enlatado "Ugly Betty" e ri horrores!!! Muito bom!!! rsrsrs Acho que agora entendo porque que a carol me larga falando sozinha no msn pra ver esse troço! rs Mas ainda prefiro "Desperate Housewives", que também pude ver dois capítulos hoje. Embora deva confessar que aquelas mulheres me dão medo do fato de eu também ser mulher... rsrs... aff... Enfim vou lá aproveitar um pouco mais esse momento "couch potato", que tem sido muito raro. Hasta la vista!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Leslie Feist


Let it Die

Let it die and get out of my mind
We don't see eye to eye
Or hear ear to ear

Don't you wish that we could forget that kiss
And see this for what it is
That we're not in love

The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start

It was hard to tell just how I felt
To not recognize myself
I started to fade away

And after all it won't take long to fall in love
Now I know what I don't want
I learned that with you

The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
The tragedy starts from the very first spark
Losing your mind for the sake of your heart


(Leslie Feist)


Quem não conhece essa maravilhosa cantora, Leslie Feist, não perca seu tempo e baixe logo alguma coisa dela. Ela une uma voz suave a um ritmo delicioso com tocantes versos. É impossível não amá-la!

domingo, 4 de maio de 2008

Representamos muitos papéis na vida

Se a vida fosse como a novela, representaríamos papéis fixos, com um caráter unilateral e com uma trama fechada. Seríamos ou o protagonista, ou o coadjuvante ou o antagonista; nos conformaríamos com os nossos papéis e jamais roubaríamos a cena.
Mas quem na vida se acha um mero coadjuvante, ou pior, um antagonista?! Jamais assumiremos tais papéis. Para nós mesmos, seremos sempre os protagonistas da nossa vida e nunca deixaremos de sê-lo. Afinal, nossa visão de mundo é egocêntrica, parte do nosso próprio umbigo. Quando felizes, somos os mais felizes do mundo, quando tristes, somos o mais sofredores, como se todo o mundo se virasse contra nós. Somos dramáticos, sempre muito dramáticos, embora a maioria de nós diga detestar os dramalhões mexicanos [eu mesmo detesto.. rs].
O mais interessante para mim não é perceber o papel que represento no meu mundo, mas sim, no mundo dos outros. Aflijo-me em pensar que um dia eu possa ter sido o antagonista na estória de alguém. Pensar que eu possa ter feito alguém sofrer, que eu possa ter agido com maldade sendo tão mocinha na minha própria estória é muito surreal. Onde que uma mocinha faria mal a alguém?! Na vida real meus caros, na vida real!
Sigo preferindo acreditar que exerço importantes papéis de coadjuvante na vida de protagonistas tão amados para mim. E espero sempre participar do núcleo cômico da novela, pois para mim a risada é o enfeite da vida. Pense nisso! ;)