domingo, 4 de maio de 2008

Representamos muitos papéis na vida

Se a vida fosse como a novela, representaríamos papéis fixos, com um caráter unilateral e com uma trama fechada. Seríamos ou o protagonista, ou o coadjuvante ou o antagonista; nos conformaríamos com os nossos papéis e jamais roubaríamos a cena.
Mas quem na vida se acha um mero coadjuvante, ou pior, um antagonista?! Jamais assumiremos tais papéis. Para nós mesmos, seremos sempre os protagonistas da nossa vida e nunca deixaremos de sê-lo. Afinal, nossa visão de mundo é egocêntrica, parte do nosso próprio umbigo. Quando felizes, somos os mais felizes do mundo, quando tristes, somos o mais sofredores, como se todo o mundo se virasse contra nós. Somos dramáticos, sempre muito dramáticos, embora a maioria de nós diga detestar os dramalhões mexicanos [eu mesmo detesto.. rs].
O mais interessante para mim não é perceber o papel que represento no meu mundo, mas sim, no mundo dos outros. Aflijo-me em pensar que um dia eu possa ter sido o antagonista na estória de alguém. Pensar que eu possa ter feito alguém sofrer, que eu possa ter agido com maldade sendo tão mocinha na minha própria estória é muito surreal. Onde que uma mocinha faria mal a alguém?! Na vida real meus caros, na vida real!
Sigo preferindo acreditar que exerço importantes papéis de coadjuvante na vida de protagonistas tão amados para mim. E espero sempre participar do núcleo cômico da novela, pois para mim a risada é o enfeite da vida. Pense nisso! ;)

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