domingo, 29 de junho de 2008

Falling in Love


Mantendo a sequência de comentários cinematográficos, venho lhes falar de um dos filmes mais lindos que já vi - Falling in Love. Há tempos não via um filme romântico tão encantador e tão ausente de comédia, já que hoje em dia só são feitas comédias românticas, como se todo romance só acontecesse com pessoas atrapalhadas ou de algum jeito atrapalhado. Falling in love é um filme de 1984, rodado no Brasil com o título Amor à Primeira Vista, estrelado pelos gênios do cinema Robert De Niro e Maryl Streep - ambos novinhos ainda, lindos de se ver.
Embora tenha sido rodado numa época em que eu nem era nascida, ou seja, há mais de 20 anos atrás, possui um enredo extremamente atual: conta a estória de um homem e uma mulher que já casados, não entre si, se apaixonam repentinamente. Um belo dia, ao se esbarrarem numa livraria na época de Natal e trocarem na confusão os livros que haviam comprado, guardam a fisionomia um do outro como se ali já fosse plantada aquela sementinha da paixão. Meses depois voltam a se encontrar no Trem e iniciam uma conversa que os fazem ficar dependentes um do outro. Passaram a ocupar seus pensamentos, a tentarem se encontrar quase todos os dias até que não resistiram a traição. Sim, porque além de cairem apaixonados, como bem diz a expressão falling in love, haviam outras pessoas envolvidas. Ambos possuiam casamentos sólidos. Ele com uma mulher e dois filhos e ela casada há anos com um médico. Embora percebêssemos que ambos estavam preocupados em não trair, eles simplesmente se deixaram levar por uma força muito maior que eles, a de estarem juntos.
Ela, mais na defensiva que ele - até porque nós mulheres tendemos a ser bem mais resistentes à traição do que os homens, já que a sociedade é muito mais perversa, se não somente perversa com as mulheres que traem - quando ele a elogia dizendo: You are very beautiful. Ela responde: No, I'm very marriage! Acho sensacional a resposta dela e a gente vê que desde o início ela quer deixar bem claro que é casada e que aquilo não poderia acontecer. Até quando chega ao ponto de irem pra cama, ela é quem desiste de consumar a traição. Por fim, ambos acabam contando aos seus respectivos de que estavam apaixonados por outras pessoas, terminando assim com os seus casamentos, mas ficando juntos apenas meses depois. O filme até nos leva a pensar que eles acabariam não ficando juntos e tal, o que eleva a qualidade do enredo, mas para não deixar nenhum telespectador triste eles finalmente vivem àquela paixão no final.
O engraçado disso tudo é que além de ser um dos mais belos filmes que já vi, é um filme cujo final, ou melhor, em todo dercorrer do filme, não me deixa feliz. Pelo contrário, desde o início me dá uma angústia imensa pensar que eles são casados mas estão se deixando levar por um sentimento tão perigoso. Pensava o tempo todo no outro, na que estava em casa cuidando das crianças e cuidando para que ele tivesse um lar, no que estava trabalhando para dar o melhor para sua esposa, que sempre quando chegava a tratava com tanto carinho. Em nenhum momento me fixei somente nos protagonistas, até porque naquele momento eles me pareciam muito mais antagonistas do que outra coisa, pois estavam ameaçando destruir a instituição sagrada do casamento. Tá, podem me chamar de moralista, ou sei lá o quê. Prefiro pensar que sou romântica e que acredito que possamos viver eternamente apaixonados ao lado de uma só pessoa. Mas ainda não descobri como. Conheço casais que conseguiram, embora não saiba como foi o caminho para isso, mas me dão esperança. Conheço casais que mesmo ainda juntos passaram por coisas que talvez eu não aguentaria. E conheço casais que por tão pouco, desistiram.
Mas como fazer alguém se manter apaixonado por você pelo resto da vida?! Sei que relacionamento é algo que deve ser reinventado todos os dias, que devemos cuidar como uma plantinha que precisa ser regada diariamente para crescer forte. Mas como impedir que um dia o seu amor, andando na rua esbarre com uma mulher e que se encante por ela como um dia já se encantou por você?! Como evitar que ele seja assaltado novamente pela paixão?! Como fazê-lo ter olhos só pra você?! E mais, como não resistir se com você a paixão surgir por outro?! Como se fazer firme no juramento que fez perante Deus de só amar aquele homem até que a morte os separe?! Será que a solução está em não sermos mais monogâmicos?! Não. Pois só de imaginar já morro de ciúmes de qualquer mulher que cruze a calçada do homem que talvez eu ainda nem conheça. Aff.... Boa sorte aos casais!

5 comentários:

Anônimo disse...

me deu uma idéia pra escrever...
depois te mando.

Anne Katheryne disse...

obaa!!!!

Stunts disse...

Poooo nunca vi esse filme, mas todo mundo diz que é muito bom!
Não sabia que foi filmado no Brasil...
Bom, com De Niro tem que ser bom... =)

Anne Katheryne disse...

Mas não foi filmado no Brasil!!

Aline Pedro disse...

Oi!
Hoje não tenho o que comentar,mas li o seu texto ^_^
Beijinhos!